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OS DOIS PEREGRINOS

OS DOIS PEREGRINOS
Clávio Jacinto
fev. 11 - 2 min de leitura
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DOIS PEREGRINOS

 

 

Havia dois peregrinos no campo, os dois eram sonhadores, o primeiro desejava possuir uma estrela, todas as noites, contemplava cada uma delas no alto de um monte. O brilho de cada astro, encantava os olhos daquele homem, também havia outro peregrino que sonhava em ter uma lâmpada. Apreciava os pirilampos que brilhavam no vale das relvas e sustentava o exímio sonho de possuir uma lanterna. Certo dia, o primeiro começou a construir uma escada, e após longas horas de labor, perdeu-se na escuridão da noite, e pelo espaço flutuou até a mergulhar no universo infinito. O outro conseguiu uma lanterna, realizou seu sonho, e saindo com a lâmpada  acesa, pode peregrinar pelos campos e veredas, e durante a noite podia caminhar tranquilamente e conhecer os picos mais altos de todas as montanhas, e lá de cima podia contemplar a imensidão celestial e todos os aglomerados de galáxias e estrelas que havia no universo. Eis a lição da historia, muitas vezes sonhamos com as coisas que não podemos possuir, pois elas não cabem dentro da nossa existência, pois somos limitados em nossas posses. Por outro lado, ainda assim podemos ter o suficiente para conduzir a nossa vida pela felicidade através da posse das coisas que podemos desfrutar e enriquecer nossos sentimentos. O homem que desejava a lâmpada acesa, teve por fim um caminho infinito para contemplar aquilo que não pode possuir, e possuir aquilo que era possível para contemplar todas as demais coisas que o coração pode apreciar. A vida é feita de pequenas coisas que podemos ter e nada fora disso nos possibilita uma posse real, porém é certo que a partir do momento que entendemos de que nada nos adianta ter um mundo totalmente escuro. Antes, porém é melhor ter uma luz acesa nas mãos, pois assim durante todo o percurso, nossos olhos terão um caminho aberto pela luz. De certa forma, a grandeza das coisas mais excelsas no universo, não podem ser de posse de um homem só, pois é necessário que todos os outros homens também tenham o  direito de contemplar e admirar as coisas grandes e sublimes e belas.

 

 

Clavio J. Jacinto

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