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AS TÁBUAS TINGIDAS DE DORES

AS TÁBUAS TINGIDAS DE DORES
Clávio Jacinto
fev. 1 - 3 min de leitura
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Tabuinhas de madeira encontradas nas profundezas do solo ermo da batalha das aflições, um achado histórico. Como as cinzas da lava que sepultaram Pompéia, as lágrimas de toda a história sepultaram as ânsias humanas. Os escritos celebres da ultima filosofia, entre as frases de angústias e o triste fim da humanidade. Um caos que o silencio tragou, uma felicidade dissolvido nos redemoinhos de todas as falsidades, e cá nós cavando os monumentos nesse ímpeto de desenterrar o que o tempo desterrou, devíamos estar atentos, mas as frases eram indecifráveis naquele momento em que a catástrofe veio nos dizimar, e então tomando as tabuinhas de argilas, lemos a filosofia de um mundo antigo, a essência da existência:

I

Muitas vezes a vida nos impõe as mais duras provações, e devemos transcender essas circunstâncias adversas, para encontrarmos nas dores, a oportunidade do crescimento interior, até ficarmos fortes e com uma personalidade enraizada no caráter fértil e na substância de todos os fundamentos. O exemplo magno são as árvores do cume das montanhas, que superando a força dos ventos e das tempestades, torna-se de madeira dura e suas raízes ficam fincadas nas profundezas da montanha.

II

Quando chorares, transforma tuas lagrimas em pérolas, e não esperes que os outros se importem com o teu sofrimento. O valor das lágrimas é da responsabilidade de quem sofre ninguém mais a não ser você, estará disposto a medir o valor de uma conquista que custou muito sacrifício e sofrimento

III

O monumento da condição humana não é feito do material perecível da covardia, mas é erguido do heroísmo de recomeçar sempre mais fortalecido depois que o coração suporta todas as demandas de um fracasso.

IV

O grande desafio da nossa época é ler a plenitude do mistério da vida dentro do silencio, enquanto a maioria se perde na confusão produzida por tantos sons incertos que caracterizam a nossa era.

V

Não há como perder-se em meio as lições da natureza, pois mesmo quando uma tempestade arranca todas as flores do teu  jardim, todavia a primavera nunca jamais  pode ser arrancada dos fundamentos da criação.

VI

Quando no amor existe a dor, então o sofrimento será selado com a dignidade do sofrimento com esperança.

VII

Feliz é o homem que persevera em meio as lutas, pois sempre encontra a luz da esperança acesa do outro lado da adversidade.

E sem saber do que se tratava, nós humanos, apenas devolvemos a boca da terra, esse palavrório que pouco entendíamos; e descalços voltamos a viver ao vale sombrio da insensibilidade, sem sequer dizer um “adeus” a nós mesmos...

Autor: Clavio J. Jacinto

 

 

 

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