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Igualitarismo Bioesférico

Igualitarismo Bioesférico
Carla Pinheiro
mar. 18 - 7 min de leitura
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Igualitarismo Biosférico

Concepção do ecocentrismo que, em oposição ao antropocentrismo, parte do reconhecimento, respeito e veneração da equalidade dos valores intrínsecos à todas as formas de Vida. Consciência integral de que a espécie humana é apenas um fio na Rede Interdependente que compõe os inúmeros filos da teia da Vida.

Menos ego-ação. Mais eco-ação.

Enquanto a egologia configura um Tratado do Egoísmo que coloca o "homem" na ilusória e violenta pretensão de superioridade de um "topo da pirâmide" em relação à mulher e todos os seres existentes no planeta; a Ecologia, por outro lado nos dá a dimensão real, mágica, equilibrada e harmônica de uma circularidade fluida, tal qual a geometria da nossa morada estelar, onde todos os seres coexistem em equanimidade nesse nosso esférico Planeta Terra. As injustas desigualdades sociais, econômicas, étnicas e de gênero são o resultado da egologia presente na ideologia de gênero machista do patriarcado despótico.

A crise na economia tem uma raiz anti-ecológica da cultura capitalista, que vai totalmente contra a própria origem da palavra economia, que corrompe a base da própria significação do termo "economia". O elemento “eco” vem do grego oikos e significa “casa, lar, domicílio, meio ambiente”. Na sua origem, portanto, economia é a arte de bem administrar a casa e a nossa casa é o PLANETA, a ECOLOGIA.

Daí o termo ecologia que é o estudo (=logia) das relações entre os seres vivos e o meio (=eco) em que vivem. 

A humanidade agora tem uma grande escolha a fazer sobre como administra a "economia": o verde ficará nas florestas, na vida ou nas notas de dinheiro, árvores mortas?

O valor do trabalho permanecerá focando na necropolítica da guerra, da desigualdade social, da miséria e da proliferação de doenças e venenos nos alimentos exercidas por mega empresas cegas de ganância e egologia ou se voltará finalmente para o valor incalculável do trabalho das mulheres do cuidado da Vida, da casa (eco), da Natureza, da criação e evolução dos seres?

O que chamamos de "homem" é uma invenção recente de um estereótipo de masculinidade falsa criado para designar os comportamentos de um dos gêneros da nossa espécie. Estereótipo esse de destruidor da Natureza, da Vida, das mulheres e de toda a biodiversidade do planeta. A falsidade desse estereótipo reside nesse arquétipo fictício que associa "ser homem" à ser violento, egoísta, narcísico, corrupto, machista, racista, preconceituoso, heteronormativo, falso, explorador, sádico e oportunista. O masculino natural simboliza o contrário de todo esse estereótipo de masculinidade falsa que vem sido usado a séculos para definir o "homem" dentro da ideologia de gênero machista que é a base teórico-prática do patriarcado despótico. Esse estereótipo de masculinidade falsa além de insuflar a cultura da egologia como fundamento existêncial do "homem" e de tudo que é masculino, também sufoca, prende e violenta a própria essência real dos homens impedindo-a de serem expressas, já que incorporar o estereótipo de masculinidade falsa do homem machista é a condição sine qua non para os homens manterem seus poderes e domínios dentro do sistema capitalista patriarcal despótico.

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"O Homem é a mais insana das espécies. Adora um Deus invisível e mata a Natureza visível... Sem perceber que a Natureza que ele mata é esse Deus invisível que ele adora."

Hubert Reeves

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Que "Deus" invisível é esse que mata a Deusa Natureza visível? Nós, seres humanos só somos uma das incontáveis criações da Deusa-Mãe-Natureza. Destruir a Natureza significa destruir a nós mesmes.

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Quer saber mais sobre igualitarismo bioesférico? Confere na minha página do meu projeto Simbiose IN corpórea - Por uma ontologia de interalteridades. São 16 fotografias das ações simbióticas registradas fotograficamente que foram exercidas em diferentes locais da Floresta Atlântica de Niterói e do Rio de Janeiro; 8 esculturas e 9 poemas de minha autoria. A exposição virtual foi realizada no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) no dia 30 de novembro de 2020.

Confere lá! ⬇️🌟⬇️

www.facebook.com/simbioseincorporea


Este projeto é também minha monografia da graduação em Filosofia na Universidade Federal Fluminense, concluída em 2017. Nesta pesquisa inter e transdisciplinar falo principalmente sobre SIMBIOSE e temas co-relacionados ao ecocentrismo, a ecologia profunda e ao igualitarismo bioesférico. Esse projeto é o resultado da interrelação entre diversas áreas do saber: estudos sobre a sabedoria interalteritária originária indígena por mim estudadas e praticadas neste projeto através das ações simbióticas e da criação do termo interalteridades para dar conta dessas múltiplas diferenças e capacidades de transformação que coexistem dentro e fora de nós; estudos sobre filosofia nativa indígena xamânica estudada e praticada junto à Aldeia Maracanã e presente também nas pesquisas do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro; aliados à Nova Teoria da Evolução da bióloga Lynn Margulis que teve a sua pesquisa laureada pela NASA e pelo Instituto Charles Darwin; as reflexões sobre a crise de percepção da sociedade atual sob a ótica do físico Fritjof Capra; co-relacionados ainda aos estudos ético-estéticos sobre estética da existência, pharresia, bioética, biopoder e biopolítica do filósofo Michel Foucault. Foi do encontro desses diversificados saberes que surgiu a minha pesquisa filosófica e artística Simbiose IN corpórea - Por uma ontologia de interalteridades.

Além das imagens da exposição, à convite do projeto temos também na programação da página a participação especial de duas importantes lideranças indígenas da Pluriversidade Indígena Aldeia Maracanã, o casal Potyra Guajajara e Urutau Guajajara. 🦜❤🦜 Vale a pena conferir! 🦋

Quem quiser conferir as imagens na íntegra é só acessar a página do facebook. Lá estão todas fotografias de todas as obras, e também compartilho algumas matérias sobre os temas que envolvem esse projeto de pesquisa, bem como músicas de parcerias musicaiz como Ava Margo & Tristan Eckerson que me inspiraram muito durante todo o processo de criação desse projeto e que me autorizaram o uso de suas músicas no vídeo de divulgação.

Vocês podem também encontrar esses e outros conteúdos nas minhas redes sociais do Instagram:

https://instagram.com/carlapinheiroartes?igshid=wrbex5922q89

@carlapinheiroecoarte

https://instagram.com/carlapinheiroartes?igshid=wrbex5922q89

@carlapinheiroartes

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Simbiose IN corpórea - Por uma ontologia de interalteridades é um projeto de exposição de filosofia e artes visuais da artista Carla Pinheiro que foi contemplado pela Chamada Pública de Fomento às Artes de Niterói, o Edital N°007/2019, realização da Prefeitura de Niterói, Secretaria das Culturas de Niterói e Fundação de Arte de Niterói.

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